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Justiça suspende desocupação na comunidade indígena Guarani Kaiowá, em Iguatemi/MS


O Tribunal Regional Federal da 3ª Região de São Paulo acolheu nesta terça-feira (30) ação do movida pela Fundação Nacional do Índio - Funai, que pedia a suspensão da ordem de reintegração de posse da comunidade indígena Guarani Kaiowá, no município de Iguatemi, interior do estado do Mato grosso do Sul. A decisão foi anunciada pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), durante reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), que tratou sobre o tema.

A decisão judicial foi recebida com bastante entusiasmo pela ministra Maria do Rosário, que ressaltou a importância do Estado brasileiro assegurar o direito das comunidades tradicionais à terra. “Esse é um importante passo, mas não o definitivo. Para o governo federal é uma prioridade a atenção às comunidades indígenas e a solução dos conflitos que envolvem a disputa por suas terras”, afirmou Rosário.

A ministra reclamou da demora do julgamento dos processos de reconhecimento de terras no Supremo Tribunal de Justiça (STF). Segundo ela, isso acaba colaborando para que os conflitos entre indígenas e fazendeiros sejam agravados.  “Temos que trabalhar para agilizar o julgamento das ações onde já houve demarcação antropológica que comprova que as terras são indígenas. Quando esses processos ficam parados por um longo prazo, isso acaba gerando mais tensões e ameaças”, destacou Rosário.

Reconhecimento – De acordo com o Ministro José Eduardo Cardoso, por determinação da Presidenta Dilma Rousseff, a Funai deverá concluir, em 30 dias, aprovação do estudo antropológico que comprova que as terras reivindicadas pela comunidade Guarani Kaiowá pertencem de fato aos seus ancestrais.  “Isto é um avanço muito importante. Esta decisão expressa um posicionamento da presidenta Dilma, que tem nos orientado a cumprir a constituição, que é na verdade o papel que temos que desempenhar”, afirmou Cardoso.

Os conflitos envolvendo a comunidade Guarani Kaiowá se intensificaram após decisão Justiça Federal do Tribunal Regional da 3ª Região (TRF-3) de São Paulo que determinou a reintegração de posse das terras reivindicadas pelos indígenas a fazendeiros locais. No dia 16 de outubro, o Ministério Público Federal em Dourados apresentou recurso no TRF 3 para reformar a decisão.

A mobilização social em prol da garantia do direito a terra para a comunidade indígena que afirmava que lutaria até a morte por sua Tekoha foi intensa, e sem dúvida a pressão popular cumpriu papel determinate na resolução da questão.

Ontem o PT Nacional também se posicionou sobre o tema. Leia a nota pública em: Sobre a resistência do Povo Kaiowá de Mato Grosso do Sul

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