O Grupo de Trabalho
Araguaia (GTA) reiniciou as buscas por restos
mortais de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia, em Xambioá (TO). A
expedição segue até o dia 19 de setembro. As atividades serão
acompanhadas por uma equipe técnica pericial, além de familiares de
mortos e desaparecidos da guerrilha e representantes do Ministério
Público Federal (MPF). Esta é quarta expedição realizada este ano pelo
GTA na região.
Nesta expedição as
buscas prosseguirão no cemitério de Xambioá. No total, serão três
frentes de trabalho, todas definidas a partir de informações coletadas
por ouvidores do GTA, moradores da região e pessoas que vivenciaram a
guerrilha. Para este ano ainda está prevista a realização de mais uma
expedição, que deverá ocorrer entre os dias 14 e 26 de outubro, antes
do início do período das chuvas na região.
Na
última expedição, que ocorreu entre os dias 5 e 15 de agosto, foi
exumado um resto mortal e encaminhado ao IML de Brasília para a
continuidade das análises periciais.
Os
trabalhos de busca e localização são realizados desde a década de 1990.
Até agora foram exumados na região 24 restos mortais. Todo o material
colhido passa por exames antropométricos e por extração de DNA. Após a
perícia eles são armazenados no Hospital Universitário de Brasília.
No
início de 2012 peritos do GTA estiveram nos Estados Unidos para
identificar novas técnicas de extração de DNA de material genético
degradado, aperfeiçoando, assim, os trabalhos da equipe.
Grupo
de Trabalho do Araguaia - O GTA, reformulado em maio de 2011, é
coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SDH/PR) e pelos Ministérios da Defesa e da Justiça. As
pessoas que tiverem quaisquer informações relacionadas à guerrilha do
Araguaia ou sobre possíveis locais onde teriam sido enterrados os
guerrilheiros devem ligar para o Disque Direitos Humanos (Disque 100).
As ligações são gratuitas, podem ser feitas de qualquer telefone e não
há necessidade de identificação.
A
Guerrilha do Araguaia foi um movimento que surgiu na década de 1970 em
oposição à regime militar. Até hoje, dezenas de militantes da guerrilha
estão desaparecidos. Em 2009, a juíza da 1ª Vara Federal do Distrito
Federal, Solange Salgado, determinou que o governo federal reiniciasse
as buscas na região, dando continuidade ao trabalho iniciado pelos
familiares dos desparecidos e pelo Grupo de Trabalho de Tocantins - GTT.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do GTA
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