O Partido dos Trabalhadores e sua Juventude, sempre tiveram entre
suas principais bandeiras a defesa intransigente dos direitos humanos,
seja por meio de sua atuação nos movimentos sociais, seja por reformas
internas que permitiram maior democratização da dinâmica partidária e a
garantia de espaços políticos qualificados para os setores ainda
marginalizados na sociedade capitalista, racista e patriarcal em que
vivemos.
Nossas convicções e ações não nos permitem ficar calados diante da
possibilidade de a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados (CDHM) vir a ser presidida pelo deputado Marco Feliciano.
Repudiamos a possibilidade deste espaço de tanta relevância para os
movimentos sociais e parlamentares progressistas seja ocupado por uma
figura que constantemente dá declarações racistas, como em 2011 quando
afirmou que as mazelas que assolam a África, como fome, epidemias e
conflitos étnicos, eram fruto de uma maldição de Noé; e homofóbicas,
como seus constantes posts no twitter podem comprovar.
A CDMH é um espaço no qual os movimentos sociais têm vocalizado seus
posicionamentos e insistido em debater temas que em geral são
invisibilizados, tratando-se de um importante instrumento de luta e
garantia dos direitos daqueles e daquelas que sofreram durante vários
séculos com a opressão e/ou omissão do Estado.
Não topamos o debate rasteiro da direita e da grande mídia que
responsabilizam o PT pela chegada do Partido Socialista Cristão (PSC) à
presidência da CDHM, nosso partido fez a opção política de centrar sua
ação em duas importantes Comissões para a defesa dos direitos humanos,
sendo uma a Comissão de Constituição e Justiça, que tem como função
garantir que nossa Constituição, escrita há tantas mãos e em meio à
intensa mobilização social, seja respeitada, impedindo assim retrocessos
históricos, bem como a Comissão de Seguridade Social e Família, que tem
a atribuição de analisar projetos que impactam diretamente a vida de
milhões de brasileiros e brasileiras na garantia de seus direitos mais
básicos.
Cerramos fileiras com os que não aceitam que a função da CDHM seja
deturpada, e apontamos a necessidade de rediscussão do regimento interno
da Câmara dos Deputados que permite esse tipo de excrescência.
Conclamamos nossos militantes de todo o país a assinar e divulgar a
petição online do Avaaz que pede a destituição imediata do deputado
Marco Feliciano da Comissão, a organizarem protestos, bem como debaterem
e defenderem a necessidade de nosso Parlamento, tão conservador em sua
composição, não retroceder em um dos poucos espaços reais de diálogo com
a sociedade.
Direção Nacional de Juventude do PT
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