A Comissão Nacional da Verdade tem tarefa de analisar milhares de
documentos oficiais, além de relatos e livros para trazer à tona
inúmeros episódios de violações aos direitos humanos no período de 1946 a
1988, com a expectativa de centrar esforços nas ações repressivas dos
governos militares de 1964 a 1985. Sobre este último período, a FPA
publicou inúmeros livros que registram as ações dos militantes de
esquerda, muitos jovens, outros veteranos por uma sociedade mais justa,
mais igualitária. Aqui apresentamos uma lista com um breve resumo de
seu conteúdo.
Sobre os mortos e desaparecidos
- Dos filhos deste solo - Mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar - a responsabilidade do Estado
Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, Editora Fundação Perseu Abramo e Boitempo Editorial, 2ª edição ampliada e revisada, 2008, 712 páginas
Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, Editora Fundação Perseu Abramo e Boitempo Editorial, 2ª edição ampliada e revisada, 2008, 712 páginas

Os casos estão agrupados em ordem cronológica e com a ligação dos
militantes com as organizações de esquerdas que denominam os capítulos.
Nesta segunda edição, alguns casos foram ampliados e os autores
acrescentaram as mudanças na lei 9140/95 (na qual o Estado brasileiro
reconhece a responsabilidade nos desaparecimentos) e a constituição da
Comissão de Anistia em 2002.
“Os horrores, não cabe aqui esmiuçá-los: estão todos lá. Trata-se de
um inestimável serviço prestado à causa da democracia e dos direitos
humanos. Deixa ainda explícito como aquele equívoco histórico e derrota
das oposições que se chamou, sardonicamente ao que parece, 'anistia
mútua', na verdade deixou aberta uma chaga insanável no tecido social
brasileiro.” - resenha de Walnice Nogueira Galvão para a revista Teoria e Debate nº43 (maio de 2000)
- O massacre na Lapa – Como o exército liquidou o Comitê Central do PcdoB, São Paulo, 1976
Pedro Estevam da Rocha Pomar, 3ª edição, 2006, 192 páginas
Pedro Estevam da Rocha Pomar, 3ª edição, 2006, 192 páginas

Na "Nota à 3ª edição", Pomar aponta ser preocupante o tratamento dado
à questão dos arquivos da repressão política no período. Para o
jornalista “a abertura dos arquivos militares contribuirá decisivamente
para que se conheça por inteiro o que se passou em episódios como o da
Lapa e tantos outros, e se faça justiça, em homenagem à memória dos que
tombaram na luta contra a opressão”.
- A imagem e o gesto – Fotobiografia de Carlos Marighella
Vladimir Sacchetta, Marcia Camargos e Gilberto Maringoni, 1ª edição, 1996, 64 páginas
Vladimir Sacchetta, Marcia Camargos e Gilberto Maringoni, 1ª edição, 1996, 64 páginas

“Nossa vocação no Brasil é a liberdade e não isso que aí está. Para
que haja liberdade, é preciso lutar. A luta pela liberdade não se pode
fazer por meios suasórios, quando os monstros da ditadura militar estão
armados até os dentes e empregam sem dó nem contemplação a violência
contra o povo. Com os que me acompanham, verifiquei não existir outra
saída senão a luta armada”, carta de Marighella a Dom Helder Camara,
agosto de 1969, reproduzida no A imagem e o gesto.
- Uma vida de lutas – Renée de Carvalho
Marly de Almeida Gomes Vianna, René Louis de Carvalho e Ramón Peña Castro (Orgs.), 2012, 240 páginas
Marly de Almeida Gomes Vianna, René Louis de Carvalho e Ramón Peña Castro (Orgs.), 2012, 240 páginas

Sobre a Anistia e o contexto histórico
- Pela democracia, contra o arbítrio
Zilah W. Abramo e Flamarion Maués (Orgs.), 2006, 480 páginas
Zilah W. Abramo e Flamarion Maués (Orgs.), 2006, 480 páginas

“São testemunhos que mostram como desde os primeiros dias após o
golpe a oposição ao autoritarismo começou a se articular e a questionar o
novo poder – mesmo nos períodos de maior cerceamento às liberdades e
aos direitos civis”, destacam os organizadores.
- Fome de liberdade
Gilney Viana e Perly Cipriano, co-edição EFPA e EDUFES, 2009, 2ª edição 364 páginas
Gilney Viana e Perly Cipriano, co-edição EFPA e EDUFES, 2009, 2ª edição 364 páginas

No primeiro capítulo, está o documento assinado por 15 presos
políticos – dentre eles Viana e Cipriano – apresentando seu repúdio ao
projeto de Anistia imposto pelo governo. “Porque este projeto pretende
acobertar os crimes da ditadura militar , anistiando aqueles que
torturaram, assassinaram prisioneiros indefesos, e seus mandantes,
tentando impossibilitar a apuração desses crimes e a devida
responsabilização dos envolvidos”, destacam.
- Rebeldes e Contestadores - 1968: Brasil, França e Alemanha
Marco Aurélio Garcia e Maria Alice Vieira (Orgs.), 2008, 2ª edição.
Marco Aurélio Garcia e Maria Alice Vieira (Orgs.), 2008, 2ª edição.

Fonte: www.fpabramo.org.br
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